Governo cria incentivos para fábricas

Meta do Plano Brasil Maior é proteger indústria automobilística e compensar o dólar fraco


Fonte: Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, juntamente com a presidenta Dilma Roussef e outros membros do governo, apresentaram nesta terça-feira (02) o Plano Brasil Maior. Segundo Mantega, este projeto representa a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do governo federal.  O acordo também envolverá a indústria automobilística, até porque, será uma medida contra a competição de produtos importados com preços excepcionalmente baixos pelo enfraquecimento do dólar em relação ao Real.
Conforme apresentado por Mantega, a produção local no setor automotivo ganhará uma injeção financeira, dando ênfase aos regimes automotivos regionais e focando também no Mercosul (união de livre comércio entre Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai). A nacionalização dos produtos também foi citada pelo ministro da Fazenda, que será envolvida por incentivos tributários, geração de emprego, inovação e eficiência.
Carro Online entrou em contato com o consultor da ADK Automotive, Paulo Garbossa, que apoiou a ação do governo brasileiro. Segundo ele, é preciso encontrar subterfúgios para alavancar a competitividade ao produto local. “É necessário achar uma fórmula para não prejudicar o mercado nacional”, disse Garbossa. “Caso isso não aconteça, corremos o risco de fechar as portas”, completou, referindo-se à livre entrada de produtos importados muito mais baratos pelo dólar com cotação baixa.
Anfavea comemora
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) considerou “extremamente positivas” as medidas anunciadas hoje (2) pelo governo federal para melhorar a competitividade da indústria nacional.
Por meio da assessoria de imprensa, a associação destacou a manutenção do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A linha de crédito concede R$ 75 bilhões para a aquisição de itens como máquinas, equipamentos, caminhões e tratores. Inserido no Plano Brasil Maior, o prazo do programa foi estendido até 2012.
A manutenção por mais 12 meses da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também foi apontada como importante pela Anfavea. Enquanto os incentivos tributários setoriais, em contrapartida ao investimento, inovação e emprego, foram considerados “corretos” pela entidade. A Anfavea ponderou, entretanto, que ainda está estudando qual será o impacto total das medidas anunciadas.

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